Venda de pneus para comerciais leves

Segundo a Anip, as vendas totais de pneus para comerciais leves cresceram 22,9% em 2021. O segmento comercializou um pouco mais de 8 milhões de unidades, ante os 6,6 milhões em 2020. O bom resultado reflete a alta das vendas para o mercado de reposição. Ou seja, com 5,2 milhões de unidades comercializadas, subiu 17,8% em relação a 2020, quando o setor contabilizou 4,4 milhões de pneus entregues.

Do mesmo modo, a alta nas vendas para montadoras foi de 32,9%. Ou seja, as marcas venderam 2,9 milhões de pneus novos no ano passado. Enquanto isso, em 2020, foram 2,2 milhões de unidades.

Vendas superam período anterior à pandemia

Seja como for, as vendas totais de pneus para caminhões, ônibus e implementos rodoviários em 2021 ultrapassaram o registrado em 2019. Ou seja, antes da pandemia da Covid-19. Naquele ano, que foi considerado bom para o setor, o Brasil registrou 7,4 milhões de unidades entregues pela indústria. Logo, houve aumento razoável de 8,7% na comparação.

Mercado total

Em 2021, o mercado total – incluindo pneus de carga, comerciais leves, automóveis e motos – vendeu 56,7 milhões de unidades. Assim, apresentou alta de 9,6%, em relação a 2020, que somou 51 milhões de unidades. Entretanto, o mercado geral ficou abaixo de 2019. Naquele ano, a indústria de pneus fechou com 59 milhões de unidades.

Isso ocorreu por causa da queda nas vendas de pneus para veículos de passeios, cujas vendas caíram 12,1% em relação a 2019. “Apesar de apresentar alta em relação a 2020, as vendas totais de pneus fecham 4,5% abaixo dos números anteriores à pandemia. E aquém dos anos de 2017, 2018 e 2019 quando foram vendidos, em média, 59,3 milhões de pneus. Essa baixa se deve às vendas de pneus de carros de passeio para as montadoras, que em 2019 foi de 10,6 milhões. E, em 2021, caiu para 7,5 milhões”, analisa o presidente executivo da Anip, Klaus Curt Müller.

Gargalos e falta de componentes

Vale ressaltar que, apesar do aumento nas vendas, a indústria de pneus sofreu com escassez da borracha, muito em função de gargalos logísticos por causa da pandemia. Mas também ocasionados pelo aumento da demanda, estoques na China e uma praga que atacou as árvores que produzem a matéria-prima. Contudo, isso levou a indústria a atrasar entregas. Ou mesmo, em alguns casos, a entregar os veículos incompletos, com pneus faltando.

Via: www.mobilidade.estadao.com.br